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Mostrando postagens de junho, 2011

Literatura no Paquistão: só para inglês ver

Há certas literaturas que não podem se dedicar exclusivamente à fabulação, ao imaginativo, já que precisam se ocupar com o real. Com isso, acabam por tornar-se mais um documento da realidade do que um monumento da criação poética e romanesca. Isto costuma ocorrer em sociedades fechadas, em que a liberdade de expressão não tem livre circulação. Logo, a literatura acaba por assumir um papel de tribuna, papel esse que, em condições nornais, seria desempenhado pelo jornalismo. Isso fica mais evidente quando se examinam os caminhos do romance neste século 21. Leio no Suplemento Prosa & Verso , do jornal O Globo , entrevista da escritora paquistanesa Kamila Shamsie , que tem seu romance Sombras marcadas (Ed. Alfaguara) recém-lançado no país. Nascida em Karachi, no Paquistão, em 1973, seu livro (o primeiro a ser lançado no Brasil) aborda as marcas deixadas nos sobreviventes pela tragédia nuclear de Nagasaki, ocorrida durante a Segunda Guerra. Há analogias com acontecimentos decorrentes