Na próxima semana chega às livrarias o novo romance de Jonathan Franzen (foto), Liberdade . São mais de 600 páginas. É claro que vem aclamado pela crítica (ela é parte do mercado) e credenciado pelo suposto sucesso junto aos leitores norte-americanos. Sérgio Augusto, em sua coluna do suplemento Sabático , de O Estado de S. Paulo , afirma que o “romance pode ser lido como um folhetim”. Duvido. Ainda existirão hoje leitores para 600 páginas? Quem se deixará levar por uma “história alegórica em torno de uma família do Meio Oeste norte-americano”? O gênero romance tem uma longa tradição e sua longevidade esta associada à sua capacidade de renovação. Já tivemos Balzac e Tolstoi com seus calhamaços, suas sagas e painéis de época. E já tivemos Proust com seus parágrafos intermináveis. Agora ficamos sabendo que Franzen escreve ao estilo do século 19. Lançado no ano passado, Liberdade cobre três décadas, conta a saga de uma família e aborda temas tãso atuais como a guerra do Iraque, a crise
Crítica literária e cultural, por Mauro Souza Ventura