Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2011

O autor enquanto sujeito comum

O autor não é um herói da literatura, nem esta tem o poder de salvar o mundo. Ao contrário, o que o autor precisa fazer é livrar-se deste papel que lhe foi incutido pelo sistema de produção literária. Só assim será possível ter “uma consciência lúcida do mundo”. As palavras são do escritor chinês Gao Xingjian, cujo texto “Ideologia e literatura”, foi lido pelo escritor em evento sobre literatura na Itália, ocorrido em junho de 2011, e publicado no Suplemento Sabático, de O Estado de S. Paulo, em 8 de agosto último. O tema abordado por Gao Xingjian, as relações entre política e a arte de escrever, talvez não tenha tanta relevância no Brasil, mas faz sentido naquelas sociedades não plenamente livres, como é o caso da China. Mesmo assim, são férteis suas reflexões sobre a função do autor na atualidade. Romancista e dramaturgo chinês que há anos vive na França, Xingjian ganhou o Prêmio Nobel em 2000. No Brasil, os leitores podem conhecê-lo por meio de seu romance A montanha da alma (Al