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Mostrando postagens de março, 2012

Vida longa para o romance

O escritor chileno Roberto Bolaño Dia desses perguntei aos meus alunos se costumavam ler romances. Qual não foi minha surpresa ao constatar que mais da metade da classe respondeu de forma positiva à pergunta. Percebi então que a resposta de meus alunos contrariava um discurso muito comum nos meios e nas mídias intelectualizadas, que insiste em afirmar que o romance não é mais culturalmente relevante. A resposta de meus jovens alunos contrariava também o argumento do crítico norte-americano Lee Siegel, que, em artigo (que acabo de ler) na última edição da revista Serrote, insiste na tese do fim da relevância cultural desse gênero. “Pergunte a si mesmo quando foi a última vez que leu um romance que o comoveu como um filme o comove”, escreve ele. De minha parte, respondo com tranquilidade: nos últimos anos, as obras de J. M. Coetze e Roberto Bolaño têm me marcado mais do que qualquer outra experiência artística. Tão forte, comovente e chocante tem sido a leitura dos romances desses do