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Mostrando postagens de novembro, 2012

Da memória de um leitor

Três romances me marcaram desde sempre: O Continente , de Érico Veríssimo, Ninguém escreve ao coronel , de Gabriel García Márquez e Em busca do tempo perdido , de Marcel Proust. Essas histórias remetem a três dimensões de minha formação: o primeiro fala das origens, em uma região específica do Brasil, e que sempre precisam ser superadas; o segundo expõe a contingência e as implicações de ser latino-americano. E o terceiro remete à tradição ocidental, da qual somos ramos tardios. Esses três romances ajudaram-me e ainda me ajudam a entender quem sou e o que estou sendo. Compartilho, a seguir, as inesquecíveis primeiras linhas desses três romances. (M.S.V.) “Era uma noite fria de lua cheia. As estrelas cintilavam sobre a cidade de Santa Fé, que de tão quieta e deserta parecia um cemitério abandonado. Era tanto o silêncio e tão leve o ar, que se alguém aguçasse o ouvido talvez pudesse até escutar o sereno da solidão ”. ( O Continente 1 , de Erico Veríssimo) “O Coronel destampou