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Rejane Bernal Ventura (1963-2015), Doutora em Filosofia pela USP e tradutora |
À
minha mais que amada Rejane,
As
palavras que pronuncio nesse momento estão longe de esgotar toda a beleza e a
complexidade do Ser que Rejane foi. Ainda assim, não posso deixar de falar
sobre:
A
Rejane a quem amei acima de todas as coisas, sem medida, sem limites, desde que
a conheci, em maio de 1991, na Universidade de São Paulo, onde estudamos e
começamos a namorar.
A
Rejane intelectual, inteligente, criativa e minuciosa, que teve a ousadia e a
coragem de ir muito além do meio onde nasceu, para se transformar numa pessoa
de fina e discreta erudição, especialista na Arte do Renascimento, tema que
amou desde a juventude, e do qual jamais se separou.
A
Rejane generosa, que com sua luz e seu sorriso conquistava a amizade de todos. A
Rejane sensível, que amava os animais, a natureza e a música de Vivaldi. A
Rejane companheira, que cuidou de mim durante todos os dias em que estivemos
juntos.
Se
eu pudesse definir a relação que tivemos, eu e Rejane, diria que foi uma
relação quase perfeita. Quase, pois o perfeito não existe. Tenho certeza de
que, nos anos que me restam, viverei graças às lembranças dessa plenitude que
foi nosso amor, e isso a morte não é capaz de apagar.
Rejane
foi muito mais que amada; ela foi a mulher da minha vida!
(Texto
lido no funeral de Rejane Maria Bernal Ventura, em 14 de abril de 2015, em São Paulo).
M.S.V.