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Mostrando postagens de janeiro, 2010

Bolaño e os dias de 1978

Os personagens são identificados apenas com letras: B , o jovem U e a mulher de U . O enredo se resume a encontros e desencontros de exilados chilenos na Europa, mais precisamente em Barcelona, na Espanha. O ano é 1978, B e U são conterrâneos que agora se vêem como estranhos. Uma reunião de amigos no apartamento de um deles desencadeia os conflitos, reabre as feridas. Conversas sussurrantes, desejo de retornar ao Chile, suicídio. O relato de Roberto Bolaño no conto “Dias de 1978”, incluído na coletânea Putas assassinas (Companhia das Letras, trad. de Eduardo Brandão) expõe as fraturas existenciais de uma geração que lutou por ideais de uma sociedade menos desigual e mais democrática no Chile e cujas vidas foram sucumbindo lentamente no exílio, restando apenas medo e rancor. Um conto perturbador, até mesmo para aqueles que não viveram os sonhos e as atrocidades daquele período. M.S.V.

Vida e opiniões de Elizabeth Costello

Um verbete Costello, Elizabeth. Escritora australiana nascida em Melbourne em 1928. Entre os anos 1951 e 1963 viveu na Inglaterra e na França. Tornou-se mundialmente conhecida a partir do romance A casa da rua Eccles, publicado em 1969, o quarto de sua carreira. Desde então, seu prestígio junto à crítica só tem aumentado. É convidada com frequência para proferir palestras sobre literatura e já existe em torno de sua obra uma pequena indústria crítica. Em Albuquerque, Novo México, nos Estados Unidos, fica a sede da Sociedade Elizabeth Costello, que se dedica a estudar e divulgar sua obra e que edita o Boletim Elizabeth Costello. Seus romances The Golden Notebobook e The Story of Christa T. foram considerados pela crítica como inovadores da literatura feminista. Em 1995 foi agraciada com o Prêmio Stowe, um dos mais importantes dos Estados Unidos e atribuído a cada dois anos a um escritor de destaque no cenário mundial. Na ocasião, ela esteve no Altona College, em Williamstown, Pensilvâni