Frequento a Bienal do Livro há pelo menos uns vinte anos e venho observando que, desde as últimas cinco edições, os organizadores do evento empenham-se em atrair cada vez mais o grande público. Sendo assim, causa surpresa constatar a falta de infra-estrutura da Bienal para receber e tratar com um pouco de respeito as massas que acorrem ao Pavilhão do Anhembi, principalmente nos finais de semana.
Essa falta de estrutura começa no transporte gratuito que liga o metrô ao local do evento. Ontem, sábado, havia filas gigantescas para chegar até o local dos ônibus. Era necessário esperar pelo menos 40 minutos para entrar no veículo. Era visível a falta de estrutura do local, o entorno do Terminal Rodoviário Tietê, para aglutinar tanta gente. Pais com crianças, idosos e pessoas de todas as idades - e classes sociais - espremiam-se para organizar a fila que os levaria ao ônibus gratuito (provável razão do descaso). Tudo isso sem a presença de qualquer fiscal do evento. Somente próximo ao ônibus é que havia uma pessoa organizando a entrada. Até então, tudo era uma desordem, com várias pessoas furando fila para levar vantagem. Isso sem falar nos usuários tradicionais do terminal, que em seu entorno possui pontos finais de várias linhas urbanas e intermunicipais.
Mas a falta de estrutura não parava por aí: no interior do pavilhão havia novas e longas filas não só para ir aos banheiros, como era de se esperar (afinal, eram gratuitos), mas até mesmo para pedir um simples café com pão de queijo era preciso esperar 20 minutos numa fila. Os quiosques não davam conta, não havia bancos livres para sentar e em determinados locais simplesmente era impossível transitar. Não vou falar aqui da irrelevância nem da mediocridade de muitos e muitos estandes presentes por lá. Afinal, trata-se de um evento popular.
É evidente que não se pode ser contra o grande público, principalmente numa iniciativa como essa, em que o personagem principal é o livro. Mas espanta, e muito, constatar que a CBL – Câmara Brasileira do Livro – ainda não tenha adquirido expertise no trato com o grande público. E o preço do ingresso (R$ 10,00) não é nada desprezível para um evento popular . Nunca vi tanto descaso com o público como neste ano. Quem vai uma vez, não volta mais, e isso é muito ruim, pois um evento dessas proporções pede uma segunda visita. Será?
M.S.V.
Essa falta de estrutura começa no transporte gratuito que liga o metrô ao local do evento. Ontem, sábado, havia filas gigantescas para chegar até o local dos ônibus. Era necessário esperar pelo menos 40 minutos para entrar no veículo. Era visível a falta de estrutura do local, o entorno do Terminal Rodoviário Tietê, para aglutinar tanta gente. Pais com crianças, idosos e pessoas de todas as idades - e classes sociais - espremiam-se para organizar a fila que os levaria ao ônibus gratuito (provável razão do descaso). Tudo isso sem a presença de qualquer fiscal do evento. Somente próximo ao ônibus é que havia uma pessoa organizando a entrada. Até então, tudo era uma desordem, com várias pessoas furando fila para levar vantagem. Isso sem falar nos usuários tradicionais do terminal, que em seu entorno possui pontos finais de várias linhas urbanas e intermunicipais.
Mas a falta de estrutura não parava por aí: no interior do pavilhão havia novas e longas filas não só para ir aos banheiros, como era de se esperar (afinal, eram gratuitos), mas até mesmo para pedir um simples café com pão de queijo era preciso esperar 20 minutos numa fila. Os quiosques não davam conta, não havia bancos livres para sentar e em determinados locais simplesmente era impossível transitar. Não vou falar aqui da irrelevância nem da mediocridade de muitos e muitos estandes presentes por lá. Afinal, trata-se de um evento popular.
É evidente que não se pode ser contra o grande público, principalmente numa iniciativa como essa, em que o personagem principal é o livro. Mas espanta, e muito, constatar que a CBL – Câmara Brasileira do Livro – ainda não tenha adquirido expertise no trato com o grande público. E o preço do ingresso (R$ 10,00) não é nada desprezível para um evento popular . Nunca vi tanto descaso com o público como neste ano. Quem vai uma vez, não volta mais, e isso é muito ruim, pois um evento dessas proporções pede uma segunda visita. Será?
M.S.V.
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